Na margem direita do rio Zêzere, a cerca de duzentos metros das águas que serpenteiam a planície, ergue-se uma capela pequenina consagrada à Senhora da Estrela. É do limite da freguesia de S. Miguel da Boidobra, que foi da apresentação dos freires do Lorvão; a Covilhã, a cujo termo pertence, fica-lhe a noroeste incrustada na Serra da Estrela e a norte a quinta da Abadia, topónimo por que é conhecida grande vastidão de terras ao redor. Corre-lhe à beira, entre choupos, um regato que desce da Boidobra para o Zêzere, sobre o qual, a 50 metros da capela, lançaram um pontão de um arco, que parece de feitura romana. Ali devia passar uma estrada que dava acesso à Covilhã. A poente desse pontão, a uma distância de 100 metros, abre-se uma mina de água a que o povo ainda chama a Mina dos Frades.
Alminhas são pequenos monumentos de pedra, que mergulham as suas raízes nas vivências espirituais de longa duração, pautadas pelo tempo lento dos isolamentos característicos dos ambientes rurais; Razões que caracterizam a profunda identidade deste povo. As "Alminhas" ao mesmo tempo que revelam o carácter devoto do povo português, são também muito importantes como fonte documental de uma arte popular que não encontra paralelo em nenhuma outra parte do mundo. O número existente de "Alminhas" na Boidobra, são bem a prova de como esta fé/tradição se mantém viva no mais profundo da nossa memória colectiva. Este espólio constitui assim, um precioso indicador do modo de vida do povo da nossa freguesia.
Igreja maneirista e barroca de planta longitudinal composta por uma nave, uma capela-mor mais estreita e uma sacristia e um campanário adossados. No interior, destaque para um retábulo de estrutura maneirista, muito alterado, proveniente da antiga Capela do Espírito Santo.
Ponte edificada na época medieval, provavelmente sobre uma antiga ponte romana. Apresentava um único arco abatido com três metros de largura e 4,5 metros de extensão, restando apenas o arco.
Capela Nossa Senhora da Estrela
Alminhas
Capela São Sebastião
Ponte Romana